Jardim Tropical

Neste jardim temos a sensação de que o homem não interferiu muito na paisagem.
Assim como no estilo inglês, o jardim tropical também tem caminhos de contornos naturais.
A sua essência é descontraída e avessa a podas e simetrias.
E a sua principal característica é a utilização de espécies de regiões tropicais e subtropicais.
Plantas de cores vivas e formas esculturais como Palmeiras, Dracaenas, Bromélias, Helicônias, Bananeiras, Gengibres e Orquídeas estão entre as muitas opções.
Neste estilo também não podem faltar pedras, lagos ou fontes sempre com a aparência o mais natural possível.
Estes jardins acabam por se tornar os preferidos de aves e insectos coloridos que acrescentam mais vida e beleza ao ambiente.
Reforce sua atenção para isto e ofereça água limpa e comedouros apropriados aos passarinhos.
Aqui os elementos como bancos e vasos são bem-vindos desde que se integrem em harmonia.
Para isto dê atenção aos materiais e texturas que devem ser naturais ou boas imitações de madeira, pedra, vime, sisal, bambu, côco, etc. Os equipamentos de iluminação podem ser discretos ou de aparência rústica.
Sugestões de Plantas:
Palmeiras diversas
Helicônias
Pândanos
Samambaias (fetos)
Filodendros
Estrelicias
Cheflera
Dracaenas
Gengibres
Agaves
Bananeira Ornamental
Costela-de-adão
Bromélias
Orquídeas
Buganvílias

Jardim Desértico

O Jardim desértico ou rochoso tem por objectivo reproduzir uma paisagem árida.
Caracteriza-se principalmente pela presença de plantas xerófitas, espécies que desenvolveram a habilidade de reduzir a perda de água e acumulá-la para períodos de estiagem.
Os jardim desérticos podem ser informais, temáticos ou até contemporâneos: O jardim desértico informal segue linhas orgânicas, como no estilo inglês.
Neste jardim há poucos ou nenhum acessórios.
O jardim temático está relacionado com a cultura e as plantas xerófitas de um determinado país ou região. Assim podemos ter jardins representando a caatinga do nordeste brasileiro, jardim do cerrado, jardins mexicanos - com cores vivas e terrosas, jardins mediterrâneos, etc.
Os jardins desérticos contemporâneos são livres na forma e contém elementos ousados, como vasos, pedras e acessórios com formatos inovadores e materiais novos.
Apesar das variações, os jardins desérticos, apresentam elementos em comum, como as plantas simétricas e com formas geométricas intrigantes. Os espinhos também estão muito presentes o que torna este jardim uma boa solução para quem sofre com cães e gatos que frequentemente destroem as plantas. Devido aos espinhos e escamas - defesas naturais contra a perda de água, as plantas dos jardim desérticos têm uma textura própria, além de tonalidades acinzentadas e muitas vezes amareladas.
É um jardim que requer pouquíssima manutenção. Não exige regas constantes ou podas. As adubações são leves e os replantios espaçados. Apesar de simples de manter, este jardim necessita de um excelente sistema de drenagem, já que os seus habitantes não toleram nenhum tipo de encharcamento. É um jardim marcado pela rusticidade e próprio para lugares inóspitos, com insolação directa e até mesmo com ventos fortes. Por esta característica é ideal para coberturas de prédios e para varandas ensolaradas.
As pedras e a areia são também muito importantes neste jardim. Elas trazem naturalidade ao espaço e realçam a bela forma das plantas. Também são auxiliares na drenagem do solo. No entanto, deve-se ter cuidado na escolha e utilização, pois a mistura de pedras, de cores e formas muito contrastantes, pode prejudicar o efeito. Um exemplo de mal uso de pedras é a mistura de brita (angulosa e escura) com arenito polido (claro e arredondado). Aflorações de rochas maiores são muito bem vindas e complementam o jardim, mas devem seguir as cores, formas e tonalidades. Há que ter cuidado também com pedras modificadoras do pH do solo, como rochas calcárias, evitando-as para não afectar a fertilidade.
No jardim árido deve-se evitar relvados verdejantes ou qualquer outra planta de folhas largas e macias. As plantas do jardim desértico têm geralmente ausência de folhas ou folhas rudimentares (cactos e euphorbiáceas), folhas suculentas (agaváceas, crassuláceas), ou folhas fibrosas e finas (agaváceas).
Apesar de muitas pessoas acharem este jardim demasiado agressivo e sem graça, ele sabe conquistar sua fatia de admiradores. Afinal admirar as magníficas flores do deserto é privilégio exclusivo dos amantes de plantas xerófitas. São jardins muito ecológicos por economizarem a preciosa água. Além disso, dispensam agro-tóxicos, pois são muito resistentes a pragas e doenças.
Sugestões de Plantas:
Cactáceas
Agaváceas
Crassuláceas
Aizoáceas
Bromeliáceas
Euphorbiáceas
Lamiáceas
Asclepiadáceas
Asphodeláceas
Algumas palmeiras e árvores de regiões desérticas

Jardim Italiano

O jardim italiano caracteriza-se pela utilização de plantas frutíferas, flores, estátuas e fontes num contexto bastante clássico e funcional. Embora seja muito parecido com o jardim francês, o estilo italiano incorporou o calor dos países mediterrâneos, quebrando a formalidade excessiva, com "licença poética".
Neste jardim formas aparadas de buxo e viburnos combinam perfeitamente com estátuas de deuses e árvores frutíferas como laranjeiras e macieiras. As cercas vivas conduzem os caminhos para os pontos principais de contemplação.
Não pode faltar o elemento água, na forma de uma fonte, chafariz ou espelho d'água, normalmente o ponto central de contemplação do jardim. As plantas escolhidas devem ser de origem mediterrânea ou temperada, capazes de aguentar o frio e a seca, mas muito floríferas na primavera.
Outros elementos também se unem harmoniosamente a este jardim, como vasos cerâmicos, esculturas, treliças, arcos, pontes, bancos, etc, sempre traduzindo um clima romântico e clássico.



Sugestões de Plantas:
Viburno
Buxo
Murta
Pingo-de-ouro
Lavanda
Alecrim
Salva
Laranjeira
Limoeiro
Macieira
Pereira
Romã
Hemerocális
Oliveira
Roseira
Azálea
Plantas Medicinais
Plantas Hortículas

Jardim Francês

Também conhecido como jardim clássico, o jardim francês é considerado o mais rígido e formal de todos os estilos, traduz-se em formas geométricas e simetrias perfeitas. Seus principais representantes embelezam os palácios de Versalhes e Vau-le-Viconte. Criado no século XVII, durante o reinado de Luís XIV, o estilo demonstra o domínio do homem sobre a natureza e valoriza a grandiosidade das construções.
Os caminhos nesse jardim caracterizam-se por serem largos e bem definidos, com cercas vivas e arbustos compactos, verdes e perfeitamente aparados. As pedras são pouco utilizadas e restringem-se a lajes nos caminhos. As curvas francesas são muito utilizadas, de forma organizada e simétrica, sem jamais perder a formalidade.
Aqui as roseiras, tulipas e azáleas reinam majestosas, colorindo e quebrando o ar bucólico e sisudo deste jardim. Mesmo assim elas são vistas apenas em canteiros delimitados ou em vasos e jardineiras. Outras flores podem ser escolhidas, principalmente as originárias de clima temperado e mediterrâneo.
Os arbustos verdes, ciprestes e pinheiros também tem lugar de destaque neste jardim, com topiaria, seu formato final deve ser simétrico. Devido à intensa necessidade de podas, o jardim francês é considerado de alta manutenção e custo, que pode ser amenizado com plantas de crescimento lento a moderado.
Outros elementos também podem fazer parte, como lagos, bancos, colunas, candeeiros, esculturas, etc., desde que se integrem ao estilo. Ao contrário de outros estilos, o jardim francês exige adornar construções de estilo sóbrio e formal, sob pena de perder os seus objectivos.

Sugestões de Plantas:
Tuias
Cipreste
Tulipas
Viburno
Buxo
Murta
Pingo-de-ouro
Lavanda
Hera
Glicínia
Amor-perfeito
Roseira
Roseira-trepadeira
Azáleas
Rododendro

Jardim Inglês

O Jardim Inglês é considerado como uma revolução, um manifesto contra os padrões rígidos e simétricos de outros estilos. Ele valoriza a paisagem natural, com formas curvas e arredondas tanto no relevo, como nos caminhos e na construção dos maciços e bosques.

Neste estilo é fundamental a utilização de relvados extensos, com amplas alamedas. O parque não pode ser totalmente plano e as ondulações do terreno devem ser valorizadas. Formas geométricas ou rectas não são permitidas.
As árvores e arbustos são muitas vezes dispostas de acordo com o porte e a coloração, o que não impede a mistura ou a utilização isolada. As plantas floríferas e perfumadas de pequeno porte podem compor grandes e sinuosos maciços no meio do relvado. Plantas que exigem muita manutenção e reformas, assim como arbustos aparados são proibidos.
Outros componentes bem vindos neste jardim, acrescentando charme e naturalidade, são as árvores mortas, rochedos e pequenas colinas, construção de ruínas, clareiras, lagos, riachos, quiosques, etc. Devemos ter a sensação de andar por um bosque antigo e natural, com pouca ou nenhuma intervenção do homem.

Sugestões de Plantas:
Árvores Nativas
Plantas Esculturais
Arbustos
Grama-são-carlos
Grama-preta
Pinheiros
Gerânio
Jasmim
Salva-vermelha
Margaridas
Lavanda
Maria-sem-vergonha
Ninféias
Vitória-régia

Jardim Japonês

Um convite a contemplação, o jardim japonês transmite paz e espiritualidade. Os aspectos visuais como a textura e as cores, num jardim oriental são menos importantes do que os elementos filosóficos, religiosos e simbólicos. Estes elementos incluem a água, as pedras, as plantas e os acessórios de jardim.
A Arte do paisagismo no Japão é antiga e provavelmente teve origem na China e na Coreia muito antes do século VI. Para a cultura japonesa, o paisagismo é uma das mais elevadas formas de arte, pois consegue expressar a essência da natureza num espaço limitado de forma harmoniosa com a paisagem local.
Os modelos dos primeiros jardins vieram da China e representaram o prazer e divertimento dos aristocratas. Os do Período Heian (794-1185) tinham sempre um lago com uma ilha e eram construídos para contemplar a Natureza através das mutações das estações do ano. A partir disso, os jardins começam a desenvolver características próprias, dando destaque aos arranjos de pedras.

Alguns elementos são fundamentais no jardim japonês, entre eles podemos citar:

- O Sakura ou cerejeira ornamental, que é conhecido como a flor da Felicidade e assume um lugar importante na cultura japonesa. Nos meses de Março a Abril o povo festeja o Hanami para comemorar a floração da árvore com muitas festividades.
- O Momiji-Gari ou Acer Vermelho, que revela um aspecto melancólico e reflexivo da personalidade japonesa.
- As lanternas de pedra que induzem à concentração, ajudando a clarear a mente, adicionando o místico, a tradição e a espiritualidade. Os pontos de luz devem ser estrategicamente distribuídos para não ofuscarem a visão.
- O lago e as carpas: água é vida, daí a importância do lago. Nele, vivem as carpas, símbolo de fertilidade e prosperidade. A variedade Nishiki-koi, valiosa, exige água cristalina. Para tanto, podem ser instalados uma bomba e um filtro biológico (do tipo carvão activado), garantindo a circulação da água.
- Taiko Bashi ou ponte: Uma ponte ou um caminho dentro de um jardim, representa uma evolução para um nível superior em termos de amadurecimento, engrandecimento e auto-conhecimento, enquanto a flexibilidade do bambu, conduz a capacidade de adaptação e mudança.
- As pedras das cascatas: o centro do jardim. A pedra colocada na posição vertical representa a figura do pai, e a da horizontal, a mãe, dela, brota a água. As outras pedras, simbolizando os descendentes, são distribuídas em torno do lago e entremeadas pela vegetação.
O bambu e os adornos: os galhos do bambu são amarrados, direccionando o crescimento para que a planta se curve para o lago, como em reverência. O sino de vento e os macacos de cerâmica, fixados na planta, trazem o som da natureza e a felicidade.

Sugestões de Plantas:
Tuias
Ciprestes
Azáleas
Ácer-vermelho
Bambu
Bambu-negro
Olmos
Ligustro
Nandina
Roseira
Pinheiros
Rododendro
Junípero
Buxo
Bambuzinho-de-jardim
Cerejeira-ornamental